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PRECISO ME ENCONTRAR

quinta-feira, 30 de maio de 2013

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Deixe-me ir, preciso andar...
Vou por aí, a procurar...
Rir pra não chorar...

Quero assistir o sol nascer...
Ver as águas dos rios correr...
Ouvir os pássaros cantar...
Eu quero nascer e quero viver...

Se alguém por mim perguntar...
Diga que eu só vou voltar...
Depois que eu me encontrar...

Deixe-me ir, preciso andar...
Vou por aí, a procurar...
Rir pra não chorar.

C.








O QUE NÃO SINTO

terça-feira, 28 de maio de 2013

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Eu não direi o que não sinto, 
Nem falarei o que não penso...
Embora seja, este momento tenso,
Não calarei o que pressinto...

Sinto-me ofegante e impotente,
Limitada a um curto pensamento...
Deste puro e estranho sentimento,
Que à mim foi tão inconsequente...

Ferindo-me a cada vaga lembrança,
Marcadas por arrependimentos,
E um remorso que tanto mata minha esperança...

Já pouco viva em meu contentamento,
Levando-me a meu tempo de criança,
Onde alegre eu era, a cada vão momento.

Marishka B.


FUGA

segunda-feira, 20 de maio de 2013

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Fujo sem destino, 
Tento evitar todos estes sentimentos que me assolam...

Escondo-me  no mundo da falsidade,
Até as minhas palavras me parecem ridículas,
Sem qualquer ponta de verdade...

Onde está o verdadeiro criador de todos os meu poemas?
Onde está o meu coração?
Onde está a verdade?

Por quanto tempo terei de viver,
Neste mundo de falsas expectativas?

Quem sou eu senão nada,
Como poderei continuar a fugir?
Desta saudade, desta agonia?
Como continuarei em frente?

Vejo o meu caminho tão escuro...
Tão frio, tão sombrio...
Quero esconder tudo isto que me persegue...

Mas algum dia terei que ceder,
E é esse o dia que temo.
Como o pássaro receia a escuridão,
Eu receio a incompreensão e a solidão!

Marishka B.


SANIDADE INSANA

quinta-feira, 9 de maio de 2013

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Tênues fios, sanidade insana...
Do são, certezas convicções...
Do insano, desvarios alucinações...

Ser que vagueia duas estações...
Obscuras e claras...

Mente açodada, incomodada, fio da navalha...

Estreitos caminhos, desvios trilhados...
Ilusões... enganos.

Marishka B.


LUA VERMELHA

segunda-feira, 6 de maio de 2013

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Lua vermelha, quase sem amor...
Minha luz alheia, brilho sem calor...

Lua vermelha, branca, lua preta...
Lambe a minha orelha com a sua cor...

Lua vermelha, 10 da madrugada...
Sapos na calçada de nenhum país...

Lua vermelha, noite sem Luís...
Toda sertaneja eu sempre te quis...

Lua vermelha, minha namorada...
Flor desabrochada, leite de Pequim...

Lua vermelha, noite que menstrua...
Lua por cima de mim...

Lua vermelha, pedra que flutua...
Que ilumina o poste, que ilumina a rua...

Lua vermelha, meia de Luís... 
Toda sertaneja, eu sempre te quis...

Lua vermelha, ave flecha pluma...
Pérola madura, sono do dragão...

Lua vermelha, só uma centelha...
Dura enquanto dura, bolha de sabão...

Lua vermelha, fora da bandeira...
Bola japonesa, no céu do sertão...

Lua vermelha, negra de Luís...
Toda sertaneja, eu sempre te quis...


A.A





SOLIDÃO

quinta-feira, 2 de maio de 2013

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Solidão,
 É dor que mora dentro do peito...
É sono que dorme quando me deito...
É espaço vago dentro do coração...

Solidão,
É caminhar sem ter destino, de mãos dadas com o vento...
É falar com nossos próprios pensamentos...
É ver cair uma lágrima ao chão...

Solidão,
É sair de onde não se tem saída...
É cura que não cicatriza ferida...
É brincar com nossas sombras em plena escuridão...

Solidão,
É uma luz pequena em plena noite...
É sangrar sem ter feito por onde...
É morrer sem que possa dizer que não.

Marishka B.