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EM MEUS ABRAÇOS

quarta-feira, 24 de abril de 2013

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Diga o que meus ouvidos querem ouvir,
Fale as doces palavras do teu medo...
Não importa o que disser, nem o que sentir,
Deixarei teu sentimento sobre meus dedos...

Fale o que teu coração mandar,
O que tua voz tem há dizer...
Caminharei contigo até não podermos mais andar,
Por onde ninguém mais pode nos ver...

Faça o que tua vontade deseja,
Não tenha medo de tentar...
Faça o bem,o mal... o que quer que seja!
Faça o que tua alma desejar...

Grite, se assim querer,
Expresse tua tristeza em voz alta...
Chore se assim merecer,
Sozinho, por tudo que lhe falta...

Em meu peito, encoste tua cabeça,
Chore tua dor em meus braços...
Dei-me tua angústia antes que me esqueça,
Derrame tuas lágrimas em meus abraços.

Marishka B.



MEDO

quinta-feira, 18 de abril de 2013

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Precisa perder o medo do sexo,
Precisa perder o medo da morte,
Precisa perder o medo da música...

O que se vê não se via,
O que se crer não se cria...

Precisa perder o medo da musa,
Precisa perder o medo da ciência,
Precisa perder o medo da perda,
Da consciência...

O que se vê não se via,
O que se crer não se cria...

Precisa perder o medo de mim,
Precisa perder o medo da música...

Medo, medo, medo,medo...

 A.A.






MEU QUERER

terça-feira, 16 de abril de 2013

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Quero ser mais do que um presente, 
Um instante sem sentido...
Um vago momento perdido, em uma lembrança inexistente...

Nada mais do que um olhar assustado, 
Entre olhares tristes, simples...
Ou entre um único olhar apaixonado...

Quero ser mais do que um toque, um movimento apenas...
Um vasto jardim de flores pequenas, 
E rosas, puras e inocentes que, sem negar,
Deixarei que me provoquem...

Quero eu, ser uma gota de mar, que de grande beleza permanece noite e dia...
Um pingo de chuva, que o céu tende a derramar,
Anunciando alegre verão que o doce sol se despedia...

Nada sou, por todo meu querer...
Embora nada do que quero, tenho a merecer.


Marishka B.

DEIXO...

sexta-feira, 12 de abril de 2013

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Aos meus pés, deixo cair minha inspiração...
Sobre o chão onde piso, sobre tudo que não mais preciso...
Deixo cair o que não sinto mais no coração...

Deixo morrer o que em mim não há mais vida...
Morta por tanto medo, escondida entre um segredo...
Que sangra entre a ferida...

Esqueço a voz que tanto falo...
Deixo o silêncio unir-se à solidão, sozinha, em plena escuridão...
Um frio se forma onde me calo...


Marishka B.


O POÇO

quarta-feira, 10 de abril de 2013

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Cais, às vezes, afundas em teu fosso de silêncio...
Em teu abismo de orgulhosa cólera, e mal consegues voltar...
Trazendo restos do que achastes pelas profunduras da tua existência...

Meu amor, o que encontras em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos, rancorosa e ferida?

Não acharás, amor, no poço em que cais...
O que na altura guardo para ti:
'Um ramo de jasmins todo orvalhado, 
Um beijo mais profundo que esse abismo...'

Não me temas, não caias de novo em teu rancor...
Sacode a minha palavra que te veio ferir, 
E deixe que ela voe pela janela aberta...
Ela voltará a ferir-me, sem que tu a dirija-as...
Porque foi carregada por um instante duro,
E esse instante será desarmado em meu peito...

Radiosa me sorri, se minha boca fere...
Não sou um pastor doce como em conto de fadas...
Mas um lenhador que comparte contigo, 
terras, vento e espinhos da montanhas...

Dá-me amor, me sorri...
E me ajuda a ser bom...
Não te firas em mim, seria inútil...
Não me firas a mim, porque te feres.


P.N.
























Valeu Peão de Obra!

CAPITÃO DE INDÚSTRIA

segunda-feira, 8 de abril de 2013

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Eu às vezes fico a pensar, 
Em outra vida ou lugar,
Estou cansada demais...

Eu não tenho tempo de ter,
O tempo livre de ser,
De nada ter que fazer...

É quando eu me encontro perdida, nas coisas que eu criei...
E eu não sei, eu não vejo além da fumaça...
O amor e as coisas livres, coloridas, nada poluídas...

EU ACORDO PRA TRABALHAR...
EU DURMO PRA TRABALHAR...
EU CORRO PRA TRABALHAR...

M.V.






PROS QUE ESTÃO EM CASA

quinta-feira, 4 de abril de 2013

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Até bem cedo, esperei pelo telefonema...
Tapando com peneira o sol que vai nascendo...
Não vou tomar café, nem escovar os dentes...
Vou de aguardente, como o sol que queima a praça...

Bom dia, boa tarde...
Good nigth quero dar um tapa...
De topete e cara, vi Nova York internada...
E meu amor não deu em nada, nem sobrancelhas eriçadas...

E a essa altura do fato... 
Nem fumaça, 
Nem cano de descarga.

H.









RETRATO

segunda-feira, 1 de abril de 2013

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Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro...
Nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo...
Eu não tinha estas mãos sem forças,
Tão paradas, frias e mortas...
Eu não tinha este coração que nem se mostra...
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
'Em que espelho ficou perdida a minha face?'

C.M.