Cais, às vezes, afundas em teu fosso de silêncio...
Em teu abismo de orgulhosa cólera, e mal consegues voltar...
Trazendo restos do que achastes pelas profunduras da tua existência...
Meu amor, o que encontras em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos, rancorosa e ferida?
Não acharás, amor, no poço em que cais...
O que na altura guardo para ti:
'Um ramo de jasmins todo orvalhado,
Um beijo mais profundo que esse abismo...'
Não me temas, não caias de novo em teu rancor...
Sacode a minha palavra que te veio ferir,
E deixe que ela voe pela janela aberta...
Ela voltará a ferir-me, sem que tu a dirija-as...
Porque foi carregada por um instante duro,
E esse instante será desarmado em meu peito...
Radiosa me sorri, se minha boca fere...
Não sou um pastor doce como em conto de fadas...
Mas um lenhador que comparte contigo,
terras, vento e espinhos da montanhas...
Dá-me amor, me sorri...
E me ajuda a ser bom...
Não te firas em mim, seria inútil...
Não me firas a mim, porque te feres.
P.N.
Valeu Peão de Obra!
1 comentários:
Eitaaa... demais chefa! ;]
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