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ARMADILHA

domingo, 4 de setembro de 2011

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Andando entre cacos, me sinto em pedaços...
E até hoje não sei dizer se está tudo acabado...
Mas não troquei minha boca fechada, 
Pelas suas palavras vazias...
Você me fez envelhecer um ano a cada dia...
Você me fez cair outra vez... na minha armadilha...
Chego em casa tarde, e ninguém me vê...
Não há nada errado em não saber o que fazer...
Mas não troquei minha boca fechada, 
Pelas sua palavras vazias...
Você me fez envelhecer um ano a cada dia...
Você me fez cair outra vez... na minha armadilha...
Na minha armadilha.

F.A.

NOITE GÉLIDA E PÁLIDA

domingo, 29 de maio de 2011

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Nesta noite gélida e pálida, deparo-me com revoltos pensamentos...
Envolta pela névoa árida como num grande encantamento...
Um mal-estar súbito cresce, e um arrepio pelo corpo se alastra, 
O sangue corre tal como prece em uma incerteza que não se acaba...
Os dedos inquietos tateiam no escuro, e a incerteza perdura...
Num instante uma leve picada...
Um grito, um furo... e a gota de sangue se esvai arfante...
O vermelho-rubro, tal como o vinho,
Desce em sulcos, languidamente... 
Sem saber desse furo, Qual o espinho que fez a sangria tão docemente...?


Marishka B.


MEMÓRIAS DE UMA VIDA HIPÓCRITA

sexta-feira, 13 de maio de 2011

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Na verdade, na verdade, na verdade...
Nada é verdade... de tantas coisas que eu pensei...
Em tudo que acreditei...

Na verdade sangra a culpa,
De acertos que um erro desviou...
A mentira, a dor oculta...
Iludindo um impuro sonhador...

Memórias de uma vida hipócrita...
Na verdade, nada é como eu sonhei...
Memórias de uma vida hipócrita...
Na verdade nada é como eu preguei...

Na verdade, na verdade...
Giro em torno da minha verdade,
E a verdade que em mim arde,
Nada tem haver com a verdade...

Se a verdade que me cabe,
Sua mente em nada abre,
Abro as portas da percepção,
E lá mergulho em um rio de ilusão...

O amor em sua essência, nada tem haver com a pura verdade,
Serve apenas para vender música, que todos pensam ser de verdade.

E.I


MEIO-PERFEITA

domingo, 20 de fevereiro de 2011

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                                 Ad Praeceptore Literature

Não sei bem o que me acontece, as vezes me esqueço de lembrar, 
E o que lembro, as vezes me esqueçe...

Pode ser essa vontade louca de ser sã, ou essa sanidade, sem vontade,
Que me faz fazer tudo só pela metade...

Analiso, re-analiso, mas nunca firmo o compromisso de compreender que ninguém é inteiro.
Só metade.
E que isso não vai mudar, não importa a minha vontade,
Minha meia-inteira vontade,
Minha inteira-meia verdade, de que não sou inteira sozinha...

Apenas sou só meia. Só, no meio.
Esperando minha outra metade,
Para poder ser meio-perfeita.*


Marishka B.