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A MINHA MORTE

quarta-feira, 3 de novembro de 2010




No momento sepulcral  do enterro do meu corpo, 
Encontrarei a paz, pois em fim estarei morta...
De que me vale a juventude,
Se a desperdiço jovem sem atitude?
Por pensar demais vai definhando...
Sinto falta do que nunca tive,
Quero coisas que nunca vi,
Conheço lugares onde nunca estive,
Sinto saudades de um tempo em que nunca vivi...
A dor e a angústia me consomem,
Desespero maior não existe...
O sombrio cemitério e seu aspecto mortuário,
É o fúnebre império do coveiro solitário...
Eu sou a vida e a morte,
Ambas habitam minha mente...
Não sou fraca nem sou forte,
Sou simplesmente diferente...
Minha vida é cheia de sonhos,
Que nunca se tornam realidade...
Minha mente é povoada de demônios,
Sou vítima de minha insanidade...

Não notarão quando eu houver partido,
Pois morrerei uma morte sem sentido...
Como se eu nunca tivesse existido,
Eu morrerei, porém, sem nunca ter vivido...
Sonhei que eu era feliz noite passada,
Mas sonhos não valem nada...
Pois sonhos são pura ilusão,
E na vida sempre predomina a razão.


Marishka B.


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