'No fadário que é meu... Neste penar... Noite alta, noite escura, noite morta... Sou o vento que geme e quer entrar, sou o vento que vai bater-te à porta... Vivo longe de ti, mas que me importa? Se eu já não vivo em mim! Ando a vaguear em roda à tua casa, a procurar beber-te a voz, apaixonada, absorta! Estou junto de ti, e não me vês... Quantas vezes no livro que tu lês... Meu olhar se pousou e se perdeu! Trago-te como um filho nos meus braços! E na tua casa... Escuta!... Uns leves passos... Silêncio, meu Amor!... Abre! Sou eu!...'
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